por Lúcia Badia, formanda em Nutrição/UFPel
A boa notícia é que para conseguir todos estes aminoácidos não é necessário ficar medindo as quantidades presentes em cada alimento. É algo que acontece naturalmente: o segredo é variar as fontes! As fontes mais ricas são as leguminosas: feijões, lentilha, grão-de-bico, ervilha, soja e seus derivados, em especial o tofu, proteína de fácil digestão, rico em cálcio, super gostoso e versátil.
Varie as leguminosas na sua alimentação, aproveite a multiplicidade de feijões existentes no mercado e as preparações possíveis. Uma dica importante quanto à preparação destes grãos é fazer o remolho antes de cozinhar: isso reduz o ácido fítico, substância que complica a absorção de vitaminas e minerais. O simples remolho, por si, já torna a digestão mais fácil e, de quebra, diminui o tempo de cozimento. E como fazer o tal remolho? Escolha os grãos na noite anterior e coloque-os imersos em água. Quando for cozinhá-los, despreze a água e lave-os. A preparação é simples: água e temperos de sua preferência. Só vale lembrar que a lentinha faz exceção a essa regrinha: não precisa de remolho, pois contém pouco ácido fítico.
Fora as leguminosas, os cereais também são boas fontes de proteína, de maneira complementar às leguminosas. A famosa dupla arroz e feijão segue imbatível! Prefira sempre os integrais, pois, além de conterem fibras, conservam as vitaminas e minerais que seriam perdidas pelo o polimento – processo pelo qual não passam (daí o porquê do adjetivo ‘integrais’).
Conheça a quinoa, o cereal tido como alimento ideal para humanos. Rica em vitaminas e minerais, ela possui todos os aminoácidos essenciais (os que o nosso corpo não é capaz de sintetizar), apresentando assim uma proteína de ótima qualidade. Além disso, contém ômega 3 e 6, lipídeos essenciais para bom funcionamento geral do organismo e manutenção de níveis normais de colesterol, o que a torna uma aliada na prevenção de doenças cardiovasculares. A quinoa vai bem se adicionada a pães, granolas, sopas e bolos, e também serve como ingrediente principal em saladas, assados, etc. Vende-se a quinoa em grão e em flocos; é possível também encontrar farinha preparada a partir dela.
E como estamos falando em dicas, cumpre anotar: não tratamos aqui de esgotar o assunto. Mencionamos, como ponto de partida, as duas principais fontes de proteína na alimentação sem ingredientes de origem animal, mas isso não significa que outras fontes, como frutas, verduras e tubérculos (…) não contenham proteínas. De fato, contêm-nas, mas em menores quantidades. De qualquer sorte, chama-se atenção para a aura intuitiva que já destacamos: variando as fontes, o processo acontece naturalmente.
FONTE: Vanguarda Abolicionista
Um comentário:
Que surpresa agradável ver o meu texto por aqui! :D
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Abraços abolicionistas!
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